A Auriculomedicina

“Os membros, os olhos, a face e a garganta, todos se reúnem, através dos canais e vasos, na orelha” – Os Onze Canais Yin e Yang na Moxibustão, texto descoberto por antropólogos chineses em 1973.

A relação do homem e do universo, do organismo humano e do cosmos, foi desenhada em todas as culturas, mas talvez não tão explícita e bem colocada, como na medicina chinesa. Há indícios de sua influência inclusive sobre os fundamentos médicos de Harpocratis. Em relação à auriculomedicina, temos literatura da medicina chinesa sobre o assunto desde ” O clássico do Imperador Amarelo”, de cerca de 2590 a.C., atravessando todas as dinastias, até os dias atuais, com a mais eminente pesquisadora da área das últimas décadas, Huan Li Chung. São centenas de médicos e terapeutas que vem tratando as pessoas desde a China antiga até a China atual, com o uso de agulhas, moxibustão ou sementes de mostarda – como mais popularizado no mundo ocidental – no pavilhão auricular.

Assim como toda a base da medicina chinesa, a auriculoterapia se baseia nos pontos reflexos que temos na orelha e que estão conectados com todo o corpo. Muitos terapeutas comparam a orelha, inclusive, com um feto de ponta cabeça, tendo assim, toda a estrutura humana representada em sua anatomia.

De procedimentos aparentemente simples, a auriculoterapia guarda em seus segredos o mapa dos sintomas do funcionamento do corpo, bem como o mapa de sua cura através dos estímulos certos. Milhões de pessoas já se beneficiam dessa sabedoria hoje e cada vez mais, ela abarcará sua presença em nossa vida ocidental.