O que é a Filosofia da Momentaneidade?
Uma das bases da filosofia taoísta e por consequência, da Medicina Tradicional chinesa, é a meditação. Como acertadamente disse Lao Tse:
“Quando estou ansioso, estou vivendo no futuro.
Quando estou deprimido, estou vivendo no passado.
Quando estou em paz, estou vivendo o presente.”
A mente humana tende a viajar por memórias, projeções sobre o futuro, preocupações distantes, possíveis dialógos que não chegam a se cristalizar, etc. Em síntese, estamos sempre vivendo em alguma projeção alheia a nossa realidade imediata. E lamentavelmente, nos dias de hoje, esses pensamentos aéreos, descontrolados e desconexos, se tornam cada vez mais fortes em todos nós, trazendo as suas devidas consequências. Um estudo recente da Microsoft há divulgado que o ser humano tem hoje o seu nível de concentração em incríveis 8 segundos. O peixe de aquário tem a concentração de 9 segundos. Isso é um dado que deve nos fazer refletir profundamente. Quanto mais nos acostumamos a estar desconectados do momento presente, mais estaremos vivendo em um mundo de projeções mentais que em 99% dos casos, não chegam a se cristalizar, simplesmente não são reais. São simlesmente isso: projeções e nada mais. Esse hábito mental nocivo vem sendo estimulado cada vez mais e se tornado comum pelo uso contínuo da internet e de redes sociais, que em sua estrutura, trabalham justamente com o nosso vício e compulsão pela distração. A consequência disso está diante dos nossos olhos: o século do stress, da depressão, da ansiedade, de alarmantes índices de suicídios, descontentamento por todos os lados. Estudos apontam que 100 milhões de americanos não estão contentes com suas vidas. Ainda que possamos falar de distintas causas sociais e econômicas, há que abordar a principal delas, que é em verdade seu motor fundamental: a maneira como lidamos com a nossa própria mente. Muitas pessoas que aparentemente tem sua vida exterior satisfeitas, leia-se: remuneração financeira, posição social, reconhecimento intelectual, famílias estruturadas, etc., estão diariamente caindo nas enfermidades do séculos, acima citadas, mesmo com sua vida cotidiana aparentemente preenchida… O que falha então? A maneira de lidar com a mente.
A filosofia taoísta faz mais de 4 milênios que já havia identificado esse padrão de comportamento nos seres humanos e desenvolveu técnicas para poder lidar com elas: a meditação e o Qi Gong ou Da Wu. Essas técnicas aparentemente simples fazem com o que o contínuo uso da concentração do pensamento, tanto em movimento quanto em repouso numa sala de meditação, fazem com o que o praticante desenvolva a capacidade de, pouco a pouco, tornar-se amo de sua mente. Como há dito sabiamente o Buddha, há 2500 anos:
“O que o inimigo faz ao inimigo,
Ou o que odeia do odiado,
Nossa mente, se mal intencionada,
Nos poderá fazer muito pior”
Dominar a própria mente é dominar a própria vida. “Liberdade é ser dono da própria vida”, nos há dito um dos célebres criadores do mundo ocidental, Platão. Se uma pessoa não tem domínio de sua própria mente, será arrastada pelas circuntâncias da vida, será arrastada pelos desejos contraditórios de seu subconsciente, com consequências em sua vida prática. O que o Qi Gong e o Da Wu, bem como a meditação e a filosofia taoísta, nos possibilitam, é desenvolver essa capacidade de voltar a ser amos de nossa própria mente. E ao ser amos de nós mesmos, como consequência natural, surge o equilíbrio, o bem estar, a saúde e a paz interior. Para agregar ao nosso paciente leitor a importância desse trabalho, deixamos a continuação essa bonita história taoísta…
UM CONTO CHINÊS…
“Em certa ocasião, um sábio chinês, dono de algumas terras em um rincão da antiga China, perdeu um de seus cavalos. Ele fugiu em disparada quando uma porteira foi aberta. Seus vizinhos, companheiros de criação de animais e cultivo da região, não tardam em vir lhe consolar. ‘Que pena, hein, Chang. Belo cavalo que tinha e agora ele se foi…’. Ele os fitou e simplesmente disse: ‘Talvez’.
Passados alguns dias, sem que ninguém esperasse, o cavalo do velho sábio voltou para o seu pequeno sítio, porém, acompanhado de outros cavalos selvagens que o seguiam. Ele logo os cercou e os colocou a todos no estábulo. Os vizinhos, novamente, comovidos pelo agora fortúnio do sábio da região, vieram lhe dar o parabéns pela situação. ‘Quem diria Chang!? Isso sim agora são posses. Mais cinco cavalos selvagens, parabéns!’, ao que o sábio Chang disse: ‘Talvez’.
Depois de algumas semanas, seu filho tentava domar um dos cavalos selvagens. Corria, tentava montá-lo, depois, tentando acalmá-lo, ia acariciando pouco a pouco o cavalo. Em uma dessas tentativas, o jovem rapaz cai e quebra o braço. Dessa forma, também não conseguiria, por algum tempo, ajudar ao seu pai no campo. Os vizinhos, mais uma vez, compadecidos de Chang, vem lhe acalmar: ‘Que tristeza! Rapaz forte, trabalhador… Vai ser mais difícil agora levar as tarefas sozinho.’ Ao que nosso sábio diz: ‘Talvez’.
Depois de algumas semanas, seu filho tentava domar um dos cavalos selvagens. Corria, tentava montá-lo, depois, tentando acalmá-lo, ia acariciando pouco a pouco o cavalo. Em uma dessas tentativas, o jovem rapaz cai e quebra o braço. Dessa forma, também não conseguiria, por algum tempo, ajudar ao seu pai no campo. Os vizinhos, mais uma vez, compadecidos de Chang, vem lhe acalmar: ‘Que tristeza! Rapaz forte, trabalhador… Vai ser mais difícil agora levar as tarefas sozinho.’ Ao que nosso sábio diz: ‘Talvez’.
Passam-se algumas semanas e o exército chinês passa na aldeia recrutando os jovens para a guerra, e o filho de Chang, por estar com a perna quebrada, não é recrutado. Os vizinhos correm a, uma vez mais, lhe prestar suas felicitações, ao que o sábio, uma vez mais, lhes responde: ‘Talvez’…
Através da ciência da Medicina Tradicional Chinesa e com base nos seus 5 elementos, a saber: fogo, terra, metal, água e madeira, temos um mapa muito bem traçado e equilibrado sobre o comportamento humano. Esses elementos tem seus expoentes nas 5 principais emoções humanas: alegria/euforia, pensamento/preocupação, introspecção/tristeza, coragem/medo e posicionamento/raiva, gerando, esses cinco pares de opostos, a base de todos os nossos comportamentos. A terapia que se oferece online é um acompanhamento através desse maravilhoso jogo de emoções e da meditação, em busca do autoconhecimento e do equilíbrio interior.
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